O Livro “O Simbolismo da
Maçonaria” foi publicado originalmente
em 1882, mas foi escrito em 1869, em Charleston, Carolina do Sul (EUA) por
Albert G. Mackey. O livro por ora analisado foi lançado pela editora Universo
dos Livros em 2008 e traduzido por Caroline Furukawa.
CAPÍTULO XVIII: O RAMO DE ACÁCIA
A lenda do Terceiro grau possui
um símbolo que faz referência a tradições anteriores relacionada a plantas. A
hera nos Mistérios de Dionísio, o mirtilo nos de Ceres, a érica para os de
Osíris e o alface para os de Adônis, são exemplos deste simbolismo. No contexto
maçônico, a verdadeira planta é a Acácia. Não confundir com a Cássia, esta
planta aromática não tem uso místico para a Maçonaria. A Acácia é uma planta
que está presente em Jerusalém e faz parte da tradição como elemento componente
da Arca da Aliança, a mesa do pão sagrado e mobiliário sagrado.
Maçônicamente, a Acácia simboliza
a imortalidade da alma, pois, sempre-verde, aparenta juventude e vigor,
arquétipo da alma. A planta também é considerada símbolo da inocência pela
purificação aplicada ao túmulo, simbolismo também utilizado pelos cristãos que
colocavam a folha de palmeira nos túmulos, emblematizando a derrota da morte.
Outras plantas também foram utilizadas em ritos funerários primitivos, o
alecrim e a salsa na cultura greco-romana simbolizando saudade e tristeza.
Nas tradições iniciáticas, a
exemplo dos Mistérios de Adônis, a alegoria da morte do herói fazia com que o
corpo fosse deitado em uma cama de alface, esta era a planta sagrada de
Adônia. No misticismo egípcio, o lótus era a planta da iniciação pois
simbolizava, por sua abertura ao alvorecer do sol, a luz celestial. A
érica é outra planta sagrada para os egípcios pois era a referência do local
onde o corpo de Osíris estava enterrado. No mundo helenista, o mirtilo
simbolizava Proserpina, a deusa da vida futura, planta que ornou a coroa de
Enéias na sua jornada aos infernos. Para a Maçonaria, a Acácia simboliza esta
virtude de fé.
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