A Maçonaria especulativa trabalha
uma ciência profunda, estudando a alma e a existência futura,
curiosidade comum à humanidade. A Maçonaria Operativa é simplesmente uma
arte útil de servir ao homem em seus anseios materiais. Atualmente, a
Maçonaria Operativa fornece seu simbolismo à Maçonaria Especulativa.
Na concepção de Mackey, a
Maçonaria está principalmente representada pela sua forma Especulativa, o que é
sua finalidade máxima. A Maçonaria Operativa deixou apenas sua simbologia para
o uso especulativo. Está afirmação de superioridade entre as duas maneiras de
fazer Maçonaria é a base da definição de como estudar e entender a Maçonaria: A
instituição não está limitada a usos materialistas ou esvaziados de espiritualidade.
Esta concepção é a essência da Maçonaria exercida pela composição maçônica do
Novo Mundo.
A ciência do simbolismo,
utilizado desde os tempos do clero egípcio, servia de ferramenta para a
comunicação do conhecimento religioso aos discípulos. Desse modo, era revelado
aos iniciados aquilo que era velado aos profanos, ou seja, o deciframento das lições
místicas eram feitas por método esotérico. Este uso foi difundido por outras
nações pagãs através dos Mistérios antigos para comunicação das doutrinas a fim
de preservá-las.
A utilidade e influência dos
símbolos para as escolas iniciáticas não estava limita à pedagogia de ensino, a
capacidade de velar estes conhecimentos da infâmia profana era uma preocupação
nos Mistérios antigos. Mackey nesta argumentação, fazendo referência ao que
serviria de supedâneo para a doutrinação pós Templo de Salomão, ou seja, a
Maçonaria, defende a discrição iniciática da Ordem maçônica.
O elo de ligação entre a
sabedoria de ensino por símbolos do Egito e a pura religião foi Moisés,
o escolhido para legislar. De posse desse conhecimento, o libertador hebreu
constrói o Tabernáculo, primeiro modelo para o Templo de Jerusalém,
utilizando princípios simbólicos como as três divisões elementares do Universo:
terra, mar e ar. As divisões externas eram simbolizadas por terra e mar,
acessíveis ao homem, mas a terceira divisão, a interior, a dos céus, era o
santo dos santos, consagrado a Deus. Cores também eram utilizadas para
demarcar simbolicamente o universo contido no Tabernáculo: o branco
representava a terra, por causa da produção do linho; o escarlate, o fogo
flamejante; violeta, o mar pela alusão à concha com múrex, tinha considerada
como especiaria; e o azul, cor do firmamento, do ar. A arca, outro exemplo, era
protótipo do barco sagrado dos egípcios que era cerimonializado da mesma
maneira, e o Urim e o Tumim era cópia do ornamento utilizado pelo juizado
egípcio.
A antiguidade do uso simbólico,
seja como método esotérico ou funcionalidade religiosa, é a razão de aceitação
por Mackey em sua aplicação reconhecida à Maçonaria. Esta autenticidade
histórica e moral fundamenta a práxis maçônica de um modo elevadíssimo a
exemplo da disposição mosaica ratificada por orientação bíblica. A mentalidade
antiga, nesta comcepção, é supervalorizada como sendo fundamental e isenta de
influências contaminadoras por impressões efêmeras ou lisonjeiras do tempo,
fadadas à banalidades. O uso do termo “Antigo” legitima por sua originalidade a
instituição.
O Templo do Rei Salomão está
relacionado ao Tabernáculo de Moisés, modelos para o Templo Maçônico. O sistema
maçônico não existia nesta época, mas a união do caráter especulativo e
operativo é do momento da construção de Salomão. O sábio rei estimulou a referência
simbólicas de coisas materiais para o sentido espiritual, inclusive seus
escritos estavam caracterizados por mensagens simbólicas. A exemplo disso,
temos Eclesiastes capítulo 12 tão familiar aos maçons modernos pela cerimônia
do Terceiro Grau, onde a destruição de uma construção é metáfora para os
sacrifícios do corpo humano e enfermidades antepassadas. Este modelo incorpora
muito do simbolismo maçônico.
A concretização e afirmação da
prática do simbolismo está celebrizada pelo uso no Templo de Salomão, esta é o
atestado que legitima o uso na Maçonaria, pois esta forma Loja em um Templo que
é considerado o espaço consagrado ao modelo do Templo salomônico. O benfeitor
Salomão, antes já mencionado como representante da Maçonaria Pura, não apenas
decora o Templo mas consagra seu método nos escritos religiosos que compõe a
Bíblia.
A arte operativa maçônica não
estava limitada em suas características técnicas ou nomenclaturas de cunho
profissional. Não confinados ao materialismo, os maçons operativos, com dedução
intelectual , exerciam estudos
correlativos ao que chamamos de Maçonaria Especulativa. A Maçonaria
Especulativa é a aplicação científica da consagração religiosa de regras e
princípios utilizando linguagem de implementos materiais a favor da
veneração a Deus, purificação do coração, e a transmissão dos dogmas de uma
filosofia religiosa.
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