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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

ANÁLISE DO LIVRO: O SIMBOLISMO DA MAÇONARIA (ALBERT G. MACKEY) PARTE IX


 



O Livro “O Simbolismo da Maçonaria” foi publicado originalmente em 1882, mas foi escrito em 1869, em Charleston, Carolina do Sul (EUA) por Albert G. Mackey. O livro por ora analisado foi lançado pela editora Universo dos Livros em 2008 e traduzido por Caroline Furukawa.

CAPÍTULO IX: DISSOCIAÇÃO DO ELEMENTO OPERATIVO

A inexatidão histórica do período o qual houve a predominância do caráter especulativo sobre o operativo não permite uma conclusão concreta baseada em fatos documentais, o que se sabe é que foi um processo gradual de crescente número de homens letrados admitidos nos graus a fraternidade. A Carta Patente de Colônia, de duvidosa autoridade, está de acordo com estas admissões de não operativos. De modo concreto, temos a autenticidade do diário do antiquário Elias Ashmole que descreveu sua admissão em 1646; além de que em Londres maçons se reuniram para eleger o conde St. Albans, em 1663, para Grão-Mestre dando aos candidatos princípios especulativos.

No início do século XVIII já não havia nenhum privilégio para maçons operativos e em 1717 o elemento operativo estava descartado deixando como herdade apenas as disposições dos símbolos e a linguagem técnica .

A Maçonaria Especulativa, tal qual era no princípio, está disposta para finalidade filosófica. Mackey não faz comentários sobre qualquer decadência profissional das Guildas, apenas assinala que houve a lenta transformação para aquilo que a Maçonaria desposava em seu início, ou seja, sua afirmação como especulativa. Não há qualquer discurso sobre esta transformação, apenas apresenta os fatos. O nome de John Boswell também não foi mencionado como sendo um dos pioneiros documentados da Maçonaria Especulativa, talvez por falta de embasamento na época em que o livro foi escrito. Portanto, temos em Mackey uma noção do tempo em que a Maçonaria restabelece sua finalidade.

A Maçonaria (Pura) persiste de Noé ao Templo de Salomão, daqui até metade do século XVII ela aparece como sendo uma instituição combinada – operativa e especulativa- até o século XVIII quando o elemento operativo desapareceu completamente e a sociedade se torna uma simples associação especulativa. Esta antiguidade atribuída à Maçonaria faz com que se exija do mundo respeito. Desse modo, a instituição não é uma invencionice recente do gênio humano , ainda não testada pelo tempo e oposições, ou sequer pelo entusiasmo pueril. A Maçonaria está intrínseca à história da filosofia, da religião e das artes. Sua prática está além do abrir e fechar corretamente a Loja sendo o aprendizado de sua doutrina a recompensa sete vezes maior.

À.G.D.G.A.D.U
E. L. de Mendonça
SALUS SAPIENTIA STABILITAS

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