CAPITULO VII: A UNIÃO DA
MAÇONARIA NO TEMPLO DE SALOMÃO
DA ESPECULATIVA E DA OPERATIVA
A Maçonaria Primitiva foi transmitida por Noé como sendo uma instituição puramente especulativa contendo tradições sobre a natureza de Deus e da alma. Porém, muitos descendentes noaquitas se separaram, com a maioria adotando religiões idólatras e politeístas e a minoria dando continuidade às tradições originais ou Maçonaria Primitiva da Antiguidade. Nos meios politeístas, no entanto, havia um ensino ainda que confuso da tradição original. Este ensino era dado por instituições secretas ou “Mistérios”, também denominadas de Maçonaria Espúria da Antiguidade . Maçons espúrios existiam em Tiro na época da construção do Templo do Rei Salomão, reunidos pela arte da arquitetura e escultura sob o nome de Fraternidade Dionisíaca de Artífices.
Para Mackey, a “tradição original” jamais se perdera. Apesar da Maçonaria Primitiva a cultivar de maneira pura, os povos pagãos ainda a tinham através dos ensinos de instituições secretas como por exemplo a da “Fraternidade Dionisíaca de Artífices”. Os maçons especulativos mais afeitos ao sacerdócio, não exerceram ofícios de edificação material. Não está claro em Mackey se isto está relacionado ao ardil pecaminoso da construção da Torre de Babel, de todo modo o Templo salomônico será o símbolo da redenção dos construtores, pois será uma construção devotada ao Deus único, além de que o uso da metalurgia, ofício herdado de patriarcas bíblicos, será parte dos Ornamentos da grandiosa construção.
A construção do Templo, unindo os maçons, purificou a Maçonaria dos artífices e introduziu a arte operativa (à Maçonaria Pura) e o cerimonial místico administrado. Desse modo, outra união aconteceu na visita de Pitágoras à Babilônia sendo iniciado pelos hebreus nos ritos do Templo salomônico, aproximando suas lições à Maçonaria. O Templo, destruído por Nabucodonosor, foi reconstruído por Zerubabel após o cativeiro babilônico. Com a devastação deste pelos romanos, a Maçonaria foi introduzida pela primeira vez na Europa até que no início do século XVI ela assumiu sua forma de organização atual à época uma instituição especulativa e operativa combinada.
A resposta para a presença maçônica
na Europa está na dispersão ocasionada pela destruição do Templo pelo romanos.
O Templo, símbolo da reunião maçônica e espaço consagrado na Maçonaria especulativa,
é a base para o entendimento do que seja Maçonaria. Tornada em centro místico
para ensino e iniciação à Maçonaria, o Templo é símbolo do culto e da
purificação maçônica em sua síntese daquilo que foi herdado pelos noaquitas que
preservaram a verdadeira religião e forma de cultuar. As escolas iniciáticas ficaram
irrelevantes após o Templo estabelecer a união entre as Maçonarias. No contexto
de “desaparecimento” do Templo, os maçons redimensionaram seu espaço de reunião
e sua forma de fazer Maçonaria.
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