Páginas

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ANÁLISE DO LIVRO: O SIMBOLISMO DA MAÇONARIA VOL.II (ALBERT. G. MACKEY) PARTE XXVI

 

O Livro “O Simbolismo da Maçonaria”  foi publicado originalmente em 1882, mas foi escrito em 1869, em Charleston, Carolina do Sul (EUA) por Albert G. Mackey. O livro por ora analisado foi lançado pela editora Universo dos Livros em 2008 e traduzido por Caroline Furukawa.

CAPÍTULO XXVI: A LENDA AS ESCADAS EM ESPIRAL

O ascendente alegórico das Escadas em Espiral à Câmara do Meio e o pagamento simbólico dos operários está relacionado à lenda característica do grau de Companheiro, baseado em um pequeno verso bíblico (1 Rs 6.8). Esta lenda revela que a busca do maçom por Luz é a ascensão em Maçonaria e ofício do maçom. No grau de Aprendiz também temos a escada teológica que referencia ao maçom que existe a esfera superior.

O Aprendiz maçom preparado para algo superior , tem seus pensamentos purificados a favor da iluminação mental. O Companheiro maçom tem na Escada em Espiral o símbolo de seu avanço e desenvolvimento, de forma a testar sua vocação. Os degraus em total de números ímpares é uma tradição vitruviana e pitagórica que foi adotada pela Maçonaria, sendo a numerologia dos números ímpares predileta às doutrinas maçônicas. Por exemplo, o número ímpar dos degraus nas escadas ( Escada de Jacó e Escada em Espiral) simboliza a ideia de perfeição inerente ao anelo maçônico.

 Tábuas de delinear do último século (séc. XVIII) apresentam os degraus em número de cinco e às vezes sete. No início deste século (séc. XIX) usavam um número seriado de degraus na Inglaterra dividindo em três, cinco, sete, nove e onze, este último número foi retirado na união das duas Grandes Lojas da Inglaterra devido sua explicação sectária. Nos Estados Unidos, o número era de quinze, divididos em três séries: três, cinco e sete.

No topo da escada peculiar está o brilho hieroglífico, emblema da verdade divina. Nos degraus, o maçom entende que a Maçonaria é produto da civilização e quem mais deu extensão à humanidade. Toda a evolução humana foi acompanhada da organização dos mistérios religiosos, sendo nossos sentidos essenciais para a fundação das arquiteturas, exprimindo a praticidade do aprendizado dos conhecimentos.

O estudo do conhecimento maçônico está embasado simbolicamente pelas sete artes e ciências liberais, categorizados nas áreas denominadas de Trívio, compreendendo gramática, retórica e lógica ; e Quadrívio, com aritmética, geometria, música e astronomia. O Trívio é o domínio da linguagem e o Quadrívio das leis secretas da natureza. Subir todos os degraus é receber a total fruição da aprendizagem humana.

Na Maçonaria praticada por Mackey, sob o Rito Escocês Antigo e Aceito, as Tábuas de delinear não são as de origem francesa, como são as praticadas atualmente pela Potência Grande Oriente do Brasil, mas as de origem inglesa. O símbolo das Escadas em Espiral, que neste caso representa a Tábua inglesa para o grau de Companheiro, representa a ciência humana apoiada pela Maçonaria.

Os quinze degraus do sistema americano recompensam o maçom com a verdade de Deus pela purificação das ideias. Nesta perspectiva trabalha a Maçonaria Especulativa, feita por homens bons e sábios. A Escada em Espiral é um mito filosófico de detalhes históricos difíceis mas indiscutivelmente, pela sua tradicional aceitação entre os maçons do Velho e Novo Mundo, com simbologia e alegorias férteis.

À.G.D.G.A.D.U
E. L. de Mendonça
SALUS SAPIENTIA STABILITAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário