Páginas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

ANÁLISE DO LIVRO: O SIMBOLISMO DA MAÇONARIA (ALBERT G. MACKEY) PARTE V


 

O Livro “O Simbolismo da Maçonaria” foi publicado originalmente em 1882, mas foi escrito em 1869, em Charleston, Carolina do Sul (EUA) por Albert G. Mackey. O livro por ora analisado foi lançado pela editora Universo dos Livros em 2008 e traduzido por Caroline Furukawa.


CAPÍTULO V: OS MISTÉRIOS ANTIGOS

A familiarização entre Maçonaria e Mistérios Antigos está baseado no método esotérico comum ao sistema de Iniciação. Os Mistérios de Osíris, por exemplo, realizados no Lago Sais, representava o assassinato do rei por Tífon (Set, irmão de Osíris) e seu corpo, cortado em quatorze pedaços, atirado ao Rio Nilo. O resgate do corpo por sua esposa Ísis fez com que Osíris se recuperasse tonando-se em uma divindade. A metáfora era de que após a morte há vida, ou seja, a alma ainda viverá. As Iniciações dos Mistérios Antigos defendiam o dogma da imortalidade da alma também no Oriente Médio. Na Fenícia, Adônis, o amante favorito de Vênus, foi morto por um porco-do-mato durante uma caçada no Monte Líbano. Sua ressurreição por Proserpina fez com que esta metáfora representasse o Sol em alternância no território terrestre. A cerimônia de iniciação em Adônia o fazia referenciando a imortalidade da alma.

A adoração secreta era dividida em mistérios maiores e mistérios menores, o “Aprendiz” recebia uma iniciação pela água lustral e após uma instrução preparatória para entender e desenvolver os Mistérios, recebia a divisão superior de “miste”, o que seria comparado ao Companheiro Maçom. A comunicação completa dos Mistérios era dado ao “epopta”, comparado ao Mestre Maçom e nada a mais lhe seria oculto.

Mackey utiliza o termo “Mistérios Antigos” para referenciar a validade da verdade da crença na imortalidade da alma como sendo algo tradicional nas civilizações e que este conhecimento era revelado de modo cerimonial por meio da Iniciação. O método esotérico, já explicado em capítulo anterior, era utilizado para evitar a banalização da crença entre pessoas incompetentes e por proteção aos líderes inimigos desta verdade que detinham o poder político. As iniciações revelavam que a morte encerrava a vida e que a alma era imortal. No caso de Adônia, inclusive, esta imagem era comparada com leis da natureza.

À.G.D.G.A.D.U
Emanoel L. de Mendonça Jr
SALUS SAPIENTIA STABILITAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário