O Livro “O Simbolismo da Maçonaria” foi publicado originalmente em 1882, mas foi escrito em 1869, em Charleston, Carolina do Sul (EUA) por Albert G. Mackey. O livro por ora analisado foi lançado pela editora Universo dos Livros em 2008 e traduzido por Caroline Furukawa.
CAPÍTULO XVI: A COBERTURA DA LOJA
A cobertura da Loja simboliza a ideia
de que o Templo é o mundo ou o universo. O teto está representado pelos céus,
sugerido pela escada teológica mística que liga o andar térreo ao sideral.
A famosa escada de Jacó, inclusive, supostamente estava consistindo de voltas
ou degraus. Nos Mistérios de Mitra sete degraus de uma escada alta eram dedicados
aos planetas e tipificados por metais e astros. Os degraus eram por ordem
crescente: Saturno-chumbo, Vênus-estanho, Júpiter-latão, Mercúrio-ferro,
Marte-mistura de metais, Lua-prata e Sol-ouro.
Nos Mistérios de Brahma, a escada
de sete degraus aludia ao universo composto pelos mundos inferior-Terra,
Reexistência, Céu, Intermediário, Nascimentos, Mansão dos abençoados e o sétimo
era o mundo Esfera da Verdade, residência de Brahma ou do Sol. Este setenário prevaleceu
no mundo antigo. Sagrado entre os Hebreus, o sete é parte importante dos seus
ritos e doutrina: O mundo foi aperfeiçoado em sete dias, sete sacerdotes com
sete trombetas circularam as muralhas de Jericó por sete dias, Noé recebeu o
aviso do Dilúvio com sete dias de antecedência e foi acompanhado por sete
pessoas, sete meses ficou a Arca no Monte Ararat e Salomão ficou sete anos
esperando a conclusão do Templo. Entre os gentis, a exemplo de Pitágoras, que
considerava o sete número venerável , a divisão do tempo foi em sete dias na
semana.
Na Maçonaria praticada pelo
R.E.A.A, o teto recebe uma decoração do espaço devido a representatividade do
Templo em ser o Universo. A cobertura recebe esta simbologia baseada na
doutrina maçônica da “Escada de Jacó” que é a ligação entre os termos terrenos
e os termos celestes. O autor fundamenta que esta forma imagética esta
associada ao conceito de evolução ou ascensão do imanente ao transcendente. Este
arquétipo de evolução ao “mundo” extraterreno ou às coisas que estão além do que
é alcançado materialmente está em todas as culturas que associam a interação da
Terra, como parte do Universo, como etapa de alcance ao topo do espaço sideral.
Como os astros conhecidos eram em número de sete, esta associação se torna
modelo daquilo que foi estabelecido como sendo símbolo da ação do Criador.
Elementos, planetas e mundos são criados e simbolizados pelo setenário. A ideia
setenária, no arcabouço místico e doutrinário dos Hebreus, está relacionado a
Criação, sua Renovação e Preservação.
A escada maçônica sempre teve
sete degraus correspondendo a Temperança, Coragem, Prudência, Justiça, Fé,
Esperança e Caridade. Este ultimo degrau é meta da Maçonaria comparado ao sol
no sistema sideral. O simbolismo maçônico é estritamente compatível com o
verdadeiro sentimento religioso da Maçonaria.
O símbolo da Escada de Jacó
para a Maçonaria, para o R.E.A.A praticado nos E.U.A e que recebe atenção de Mackey, possui sete degraus que
representam virtudes, quatro delas são as chamadas cardeais e três são as
teologais. As virtudes cardeais são demonstradas pela filosofia platônica de A
República, as virtudes fundamentais ou cardeais da moral do homem em sociedade.
As virtudes teologais está relacionada a religiosidade do homem, sua interação
com Deus, estas são as que levam o homem ao topo da Criação.
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